Mulher recebe indenização de US$ 35 milhões por lesões causadas por porta de vidro que quebrou sobre ela

Kramer Dillof Livingston e Moore

A mulher de 36 anos recebeu o veredito de US$ 35 milhões quase uma década depois do acidente que a deixou com graves sequelas.

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Meghan Brown, uma ex analista do banco JP Morgan, recebeu esta semana um veredicto de US$ 35 milhões depois que uma porta de vidro, de um prédio em Nova York, EUA, quebrou repentinamente sobre ela há quase uma década, causando sérios e permanentes danos cerebrais.

Durante o julgamento, Brown deu um depoimento emocionado, na época do acidente ela era uma jovem de 27 anos, com uma promissora carreira no banco de investimentos: “Lembro-me de ter visto vidro em todos os lugares, no saguão, perto de mim”, disse Brown aos jurados na Suprema Corte de Manhattan.

Brown disse aos jurados que não se lembrava do momento em que a porta caiu sobre ela, mas conseguia se lembrar de “estar lá dentro e eu estava no chão. Naquele momento havia pessoas me ajudando” e vidros espalhados ao seu redor.

Nas imagens capturadas pelas câmeras de vigilância, no dia 2 de fevereiro de 2015, Brown pode ser vista caminhando até a porta e se apoiando nela para abrir, neste momento, um homem segurando um celular coloca a mão contra a porta. O vidro parece estourar sobre Brown, que tropeça nos cacos; o homem tenta ajudar Brown, enquanto ela segura a cabeça com as mãos, antes de cair no chão.

O acidente causou uma lesão cerebral traumática que mudou a vida de Brown completamente. De acordo com seu depoimento,  os danos “permanentes e graves”, encerraram sua carreira como analista financeiro e até causaram sofrimento em sua vida amorosa: “Depois do acidente eu simplesmente não melhorei. Não consegui melhorar”, disse ela ao tribunal.

A lesão cerebral de Brown causou uma infinidade de problemas, seu noivo rompeu o relacionamento depois de perceber que não poderia ter uma “vida normal” com ela; sua memória, assim como seu olfato e seu paladar foram afetados e ela sofreu o esquecimento completo do espanhol, uma língua que ela já falava fluentemente, contou ela.

Além disso, Brown explicou ao júri que agora ela é altamente sensível à luz, tem dores de cabeça e de pescoço permanentes, problemas de percepção de profundidade e sente vertigens e problemas de equilíbrio.

Em suas alegações finais, o advogado de Brown disse ao júri que “não há uma faceta de sua existência que não tenha sido afetada por seus ferimentos cerebrais”. De acordo com a defesa, o prédio tinha um histórico de problemas, com a porta de vidro quebrando em duas ocasiões anteriores, uma em 2010 e novamente em 2014, e que a porta já apresentava uma rachadura antes do incidente.

O julgamento durou três semanas e, após 3 deliberações, o júri concordou que o trauma poderia ter sido evitado se o proprietário do prédio tivesse realizado as inspeções adequadas. A decisão a favor de Meghan Brown vem quase uma década depois que porta de vidro de mais de 2 metros quebrou sobre ela.

 

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